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Por que os casais acabam se separando...


rejeição, rejeitado

A vida a dois é uma escolha. Pressupomos que quando duas pessoas escolhem viver juntas é porque encontraram a companhia necessária, adequada, querida e amada. Entretanto, a união de duas rotinas diferentes, com costumes e hábitos diferentes requer alguns ajustes.

O que vou abordar não são os ajustes, até porque quem já morou ou mora com alguém provavelmente já resolveu algumas situações em relação a isso. Vou abordar algo bem subliminar nos relacionamentos: a distância à separação.

A separação começa na escolha que separa e exclui o outro. Se você tem uma jornada profissional de 12 horas quer dizer que você vai ficar 12 horas sem o seu parceiro. Se aos finais de semana você vai praticar um esporte, visitar os familiares, estudar ou viajar a trabalho, pode ser que você nem veja o seu parceiro. Na escolha dos compromissos o companheiro precisa estar lá. É importante para o casal conviver em sociedade juntos, desde que a proposta seja interessante para ambos. Para a convivência dar certo o que eles fazem juntos precisa dar certo. Dar certo significa que ambos estão felizes e motivados, vivendo uma experiência que desperte novas ideias, pensamentos e crie uma projeção futura de novos desafios, afastando a inércia e a mesmice de uma relação estagnada e acomodada. O relacionamento é apático quando as pessoas estão apáticas. Existe alguém aí do outro lado que tem uma série de qualidades, então, saiba usá-las a favor da sua relação. Feche os olhos e imagine através da sua mente todas as suas principais características de temperamento; visualize aquilo que você gosta e tem facilidades e afinidades; agora visualize o seu parceiro e faça o mesmo com ele. Coloque-se de frente ao seu parceiro na sua imaginação e imagine você se observando frente a frente com ele ou ela, conforme você observa a cena, as duas pessoas se fundem em uma só pessoa. Faça a mesma coisa desta fusão em relação às características psicológicas, gostos, afinidades, facilidades e principalmente o que é interessante para essa pessoa.

A princípio parece fácil, mas a autoanálise requer sensibilidade e concentração, pois analisar o outro e imaginar uma fusão de características requer raport com o outro e percepção. Se você não for íntimo com as suas necessidades, não vai conseguir ser íntimo nas necessidades do outro. Se não for íntimo com as necessidades do outro a possibilidade de viver integrado é nula.

Em mais de 15 anos como terapeuta acompanhei várias histórias de casais e, o que percebo é que lá no fundo eles têm medo de ficar muito tempo juntos, porque o tempo traz à tona os desconfortos e as dificuldades, que são sinais de alerta indicando que a mudança, o novo precisa acontecer. Se você está em uma experiência a dois a transformação é a dois.

Os adultos às vezes são como uma criança mal humorada: basta um convite interessante, com um pouco de jeito e paciência que logo em seguida é revelado um ser cheio de vida e criatividade. Não espere a iniciativa do parceiro! Faça a visualização e veja o que seria bom para ambos, convide o seu parceiro (ou parceira) para uma atividade. Existem muitas opções: vocês podem iniciar um projeto profissional juntos, ou um curso, um esporte, uma modalidade de dança, viagem, um projeto social, uma caminhada aos finais de semana, enfim, algo que seja um compromisso essencial sem ter o ar de obrigação desagradável. É um compromisso com o bem estar do casal.

Atitudes saudáveis colocam a rotina em movimento. Você precisa acreditar na pessoa que escolheu para estar junto e fazer com que ela se sinta importante para você. Os ajustes de comunicação são o fator chave , respeitar o espaço do outro também é importante. Se a sua comunicação for direta e clara é muito provável que dê certo e se essa comunicação for feita no momento adequado melhor ainda.

Quando o outro desiste de estar com você à relação acaba, porque desistir é como distanciar. Não espere que isso aconteça: faça, realize! E quando você resolve fazer sozinha(o) a relação também acaba, porque você começa a construir uma história sem o outro, e com isso outras pessoas começam a ganhar espaço na sua vida. Traga consciência para a relação e perceba o tamanho da distância entre os dois pontos. A separação é a distância, onde você não olha mais para aquele que fez um dia o seu coração bater mais rápido; não sente a falta da presença e não há mais as projeções de sonhos futuros, nem a inclusão nas experiências evolutivas. “Você não perde aquele que um dia não quis se perder. Aquele que quer se perder quer algo que esta além do que está aqui, então nem ele e nem você o encontrou”.

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